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SEGURANÇA EM APLICAÇÃO DE CANECAS ELEVADORAS PLÁSTICAS

Publicado em 26/4/2018 às 16:54 - Tags: segurança, antiestática, antiestaticidade, faíscamento.

SEGURANÇA EM APLICAÇÃO DE CANECAS ELEVADORAS PLÁSTICAS

Explosão de equipamentos em unidades de armazenamento e movimentação de grãos, não são fatos raros no Brasil e no mundo. A combinação de poeira em suspensão, dentro de um ambiente fechado cercado por metal, com equipamentos operados por corrente elétrica, pode ser uma mistura perigosa caso algo ocasione uma fagulha inicial.

De acordo com Barsano e Barbosa (2013), os elementos necessários para o surgimento do fogo, são combustível, comburente, calor e reação em cadeia. Esses quatros elementos dispostos de forma conjunta constituem o Tetraedro do Fogo, e são responsáveis pela origem do processo de combustão.


“As explosões em unidades armazenadoras geralmente possuem por material explosivo a mistura das substâncias: ar atmosférico e partículas sólidas em suspensão, respectivamente. As partículas originam-se das impurezas que acompanham a massa de grãos ou do esfacelamento dos grãos. A detonação dessa mistura será processada caso em algum local ocorra a temperatura do ponto de detonação, o que pode ser causado por uma fonte de ignição do tipo: acúmulo de cargas eletrostáticas, curtos circuitos, descargas atmosféricas, atrito de componentes metálicos e descuidos quando do uso de aparelhos de soldagem”. (SILVA, 1999)



Pó em suspensão em moega de recebimento (foto: Ernesto de Souza, Editora Globo) 



Assim, o uso de canecas metálicas acaba sendo um risco potencial, pois pode gerar faíscamento quando em atrito com calha do equipamento ou metal residual no elevador. Por exemplo, quando uma caneca metálica recebe determinado impacto (de corpo estranho descarregado junto com o material transportado) é comum ela deformar na parede frontal e raspar na parede do elevador, criando risco de faíscamento e assim, de explosão.

Além disso foi demonstrado em estudos da Universidade de Southampton, no Reino Unido, que a centelha estática potencialmente liberada de uma caneca plástica, corresponde a apenas um décimo da magnitude das faíscas lançadas por canecas metálicas, não gerando volume suficiente de carga elétrica para produzir uma centelha estática para a ignição da explosão.

A Ucelo do Brasil trabalha com processamento de polímeros e, conforme estudos realizados pelo Departamento de Engenharia da empresa junto a fornecedores e fabricantes de equipamento, a aditivação antiestática na caneca tem efeito por período limitado de tempo. O percentual de aditivo necessário para que se tenha efetividade permanente é superior a 20% da massa total de produto na peça, o que compromete características de resistência mecânica: reduz fator de resistência a impacto e abrasão. Por este motivo a Ucelo não utiliza aditivo antiestáticos em sua linha de produtos.

BENEFÍCIOS DA CANECA DE PLÁSTICO

Ao discutir aplicação de canecas plásticas em substituição às metálicas devemos tomar nota das seguintes informações:
- Canecas plásticas são consideravelmente mais leves que modelo equivalente em aço, gera consequente redução de esforço sobre o eixo da polia de tração;
- Redução de esforço e desgaste de correia, na aquisição de correia nova na migração da caneca metálica para plástica, podemos utilizar correia subdimensionada a usualmente montada em canecas metálicas;
- Caneca plástica apresenta maior flexibilidade que a metálica, tende a receber determinada força de impacto e retornar ao estado original, diferente da deformação permanente ocorrida nas canecas metálicas, que colabora para a geração de faíscas e fagulhas dentro do equipamento elevador.

Para a instalação de um equipamento mais seguro o setor de Engenharia da Ucelo do Brasil indica montagem de canecas plásticas com fixadores de aço (condutores de energia) em correias em conformidade com a ISO 284 e DIN 22104, que por sua vez estejam em contato com polias de revestimento nas mesmas normas, devidamente aterradas, sistema este que assegura descarga de eventual acúmulo de eletricidade estática do conjunto caneca e correia.

Gerência Industrial
UCELO DO BRASIL


Fontes:

BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Segurança do Trabalho - Guia Prático e Didático. 2013. Editora Érica.


SILVA, Luis César. Explosões em Unidades Armazenadoras de Grãos. Nov. 1999. Disponível em: www.agais.com/explosao


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